sábado, 22 de novembro de 2014

Projeto de caixas acústicas "linha de transmissão"(transmission line)

Certa vez andei lendo sobre um artigo publicado pelo Cláudio César Dias Baptista (CCDB) http://pt.wikipedia.org/wiki/Cl%C3%A1udio_C%C3%A9sar_Dias_Baptista sobre umas caixas do Tipo Linha de Transmissão na revista Nova eletrônica, edição 58 de Dezembro de 1981.

Neste artigo ele falava sobre um projeto que ele havia desenvolvido que usava auto-falantes de 8" ,segundo ele um projeto para residências.

Dizia ele que o alto-falante era nacional e que a freqüência de ressonância foi artificialmente abaixada para 36Hz.
A freqüência de resposta da caixa foi cortada para uma faixa útil de 30Hz a 100Hz e produzia graves secos e fortíssimos para um pequeno alto-falante de 8 polegadas. Ele também dizia que valia por dois alto-falantes de 15" dos bons (dá época) colocadas em um bass-reflex, separadas e colocadas à parede planas reproduzindo a mesma faixa.

A ressonância original do falante de 8 polegadas era de 53Hz.
Colocando um pedaço de 70cm de solda para eletrônica, com diâmetro (a solda...) de 1,5mm no cone junto a bobina a ressonância abaixou para 36Hz.

Segue o projeto:
Observem que a caixa acústica na verdade é um duto de ar.
O tamanho total deste duto tem que ter 1/4 do tamanho em relação ao tamanho da onda na frequência de ressonância do alto-falante (FS).

Tamanho da Linha de transmissão (Duto) = Velocidade do som no ar dividida pela freqüência de ressonância do alto-falante, dividida por 4.

Logo: (344/36)/4 = 2,388 metros, no exemplo do projeto da figura acima.

No entanto cada curva que se faz, pode dar uma variada no tamanho do duto, e pode ser necessário considerar uma certa margem. Fala-se que costuma cair 5% no tamanho para cada curva.

Preenchimentos também alteram o tamanho interno do duto. Neste caso fala-se que o preenchimento costuma alterar uns 10 a 15% do tamanho interno do duto, para menos.
Os 30 centímetros finais do duto devem estar livres de preenchimentos.
O preenchimento tem o intuito de deixar a resposta mais plana, sem picos de ressonância.






quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Amplificador magnético feito em casa

Usa como princípio, a saturação do núcleo magnético para amplificar.
É um amplificador que usa transformadores como elementos ativos de amplificação.

Quando o núcleo vai saturando magneticamente o indutor vai perdendo sua indutância. Com indutância cada vez menor, uma corrente AC cada vez maior vai circular.
Este fenômeno é até hoje usado para regular a tensão de saída em fontes, como por exemplo, para regular a saída de 5V  em algumas fontes ATX.


https://www.youtube.com/watch?v=DYJ2RCGSFQc










terça-feira, 24 de junho de 2014

Como medir indutância de forma bem simples através método da ponte de indutância

Deve-se pegar um gerador de sinais e gerar 60Khz senoidal com amplitude máxima da senoide de 8,4V que vai ser igual a 6V rms.

Deve ligar o indutor em série com um potenciômetro ou trimpot de 100R.

Quando injetar o sinal de 60Khz senoidal em série com o potenciômetro e o indutor, deverá ajustar o potenciômetro de forma que a resistência se iguale com a reatância indutiva do indutor.
Quando isso acontecer, as tensões em cima do resistor e do indutor se dividirá tal como um divisor resistivo.

Ficará com 4,2V de pico medidos com o osciloscópio ou 3V rms medindo com o multímetro em cima de cada um (Resistor e indutor).
Em fim... O mais importante é que as tensões se dividam igualmente entre o indutor e resistor seja qual for a tensão.
Só sugeri usar 6V rms mas outro valores podem ser usados.

Segue tabela de freqüência adequada para medir outras indutâncias:
Este é o método de medição de indutância através da ponte de indutância:
parte-se da reatância indutiva que depende da frequência, para se determinar a indutância pela expressão: 

Sabendo que a frequência do gerador de freqüência que alimenta o circuito é de 60000Hz, tem-se a expressão:
XL = R
Onde XL é a impedância do indutor em 60000Hz e R é a resistência do potenciômetro, que fez com que as duas tensões ficassem iguais.

L = R / (2 vezes pi vezes 60000Hz) --> PI = 3.14159265359
Na matemática, o número PI é uma proporção numérica que tem origem na relação entre o perímetro de uma circunferência e seu diâmetro.

Segue um exemplo para descobrirmos uma indutância desconhecida:
Um valor de indutância onde a tensão de 6 RMS senoidal com freqüência de 60Khz se dividiu igualmente entre um resistor de 45R e indutor:
L = R / 376991,1184308
L = 45 / 376991,1184308
L = 0.0001193662 H
L em Henrys 
R em Ohms
1000000 vezes 0.0001193662 = 119.3662 uH



Boas montagens....



Entendendo uma fonte chaveada flyback auto-oscilante

Primeiro vamos entender como funciona uma fonte chaveada Flyback auto-oscilante. Abaixo segue uma tela de simulação por software:
Apesar de ser um trafo, as bobinas são tratadas como indutores, pois trabalham como tal.


A forma de onda azul é a corrente no indutor primário.
A forma de onda vermelha é a tensão de dreno do mosfet.
A forma de onda verde é a corrente no indutor de saída.

Primeiro o indutor é carregado com a energia da rede elétrica. Para isso a chave eletrônica (Mosfet) liga e põe a rede elétrica retificada no indutor...Pulsa os 310V DC na bobina primária e ela vai carregando.
Conforme vai carregando, vai armazenando a energia na forma magnética no núcleo e a corrente vai subindo em linha reta, formando uma rampa, veja na onda azul.


Quando o mosfet desliga (Chave eletrônica), aquela energia que havia sido carregada anteriormente é liberada no secundário, veja na onda verde.

A forma de onda verde mostrada no print da simulação é a energia que estava armazenada na forma magnética em todo o núcleo sendo transferida para o capacitor de saída da fonte. O diodo de saída é especialmente polarizado para retificar apenas esta tensão reversa que a bobina libera ao ser desenergizada.
É a forma de onda da corrente no indutor de saída carregando o capacitor de saída.

Segue abaixo um esquema completo de uma fonte chaveada Flyback auto-oscilante para ser usado como base no projeto. Não falaremos sobre o circuito eletrônico, já que este pode ser facilmente redimensionado usando a lei de Ohms.



A fonte é tão simples que dispensa cálculos complexos, contudo é importante saber o tamanho do núcleo adequado à potência que será extraída. 


Escolhe-se o tamanho do núcleo adequado à potência, da seguinte forma:
AeAw = 1,1(Pout * 10^4)/Kp*Kw*J*f*B) 

Kp = 0,5 
Kw = 0,5 
J = 300 
B = 0,3 para 20Khz;
B = 0,15 para 40khz;
B = 0,075 para 80khz.... 
f é a freqüência de chaveamento que foi escolhida. 
Por exemplo:
20Khz, 30Khz, 40Khz... 

Esta fórmula dará um valor em cm^4 que é produto da área da janela pela área da perna central do núcleo EE. 
De posse destes valor, pode-se escolher um núcleo da Thornton NEE-IP6.

Outro exemplo de calculo tirado de um TCC:
Existe um cuidado especial com o Gap.
Deve ter um gap, que evita do núcleo saturar, mas o Gap não pode ser muito grande.


Quem dispõe de um osciloscópio, poderá levantar as curvas Hanna: 
O levantamento das curvas Hanna ainda ajudará na determinação da potência de saída e da freqüência de oscilação. 

Poderá seguir este tutorial: 
Este tutorial ensina a levantar as curvas Hanna. Existem fotos com exemplos no tutorial.



Para quem não dispõe do osciloscópio, terá que encarar os cálculos, tais como os mostrados acima, que foram tirados de um TCC.



A fonte do esquema mostrado acima foi montada em um núcleo desconhecido, de medidas EE25/10/6:
O núcleo que foi utilizado já tinha o Gap na perna central.
No source do mosfet foi usado um resistor de filme metálico de 0,33, que conferiu uma rampa de 2 amperes de pico em cada pulso na bobina primária.

Foi enrolado 50 espiras no primário;
13 espiras na bobina de saída;
7 espiras na bobina de realimentação.
A fonte foi capaz de fornecer 3A numa saída de 13,2V. Praticamente 40 watts. 

Após uns 20 minutos ligada, fornecendo 40W, foi percebido super aquecimento na bobina. com leve cheiro de verniz queimado. Por isso seguem algumas dicas:

1º Usar sempre fio 30AWG, depois calcular as perdas em watts baseado na resistência por metro deste fio.
Logo após decidir quantas unidades serão necessárias pôr em paralelo para poder fornecer a corrente que se escolheu. 
O uso de fio 30, evita os cálculos referente a efeito pelicular (Skin effect em inglês), pois já é um fio bem fino, obrigando usar vários em paralelo, que evitará este efeito. 

2º  Mesmo que você não queira encarar as formulas, seguir pelo menos a fórmula que determina o tamanho do núcleo para a potência escolhida. 

3º  Nos testes práticos até 40W, 50 espiras no primário funcionaram corretamente.
Para esta faixa de potência, entre 50 a 100 espiras no primário irá funcionar bem, sem cálculos complexos.

A tensão de saída é dada pela relação de espiras. Porém não é a tensão da rede retificada e filtrada que é levada em conta.
É a tensão reversa da bobina primária que é levada em conta.

A tensão da bobina de realimentação tem que ser dimensionada para 20V de tensão direta (com base na tensão da rede retificada e filtrada), quando a fonte for alimentada em 100Vac. 
Quando a fonte for alimentada em 240Vac, a tensão da bobina de realimentação não deverá passar de 45V.
Um detalhe é que a tensão reversa não muda. É sempre a mesma, estando a fonte alimentada em 100Vac ou em 240Vac, pois a tensão reversa é definida no Feedback, durante a estabilização. 

Outra curiosidade é que se a malha de Feedback for aberta, a tensão de saída irá subir tendendo ao infinito, mas o mosfet explodirá rapidamente, pois logo a tensão reversa na entrada irá ultrapassar a tensão de trabalho do mosfet.

Exemplo da tensão reversa no primário:
Numa determinada fonte que tenha saída de 12V com 10 espiras na bobina de saída, terá 1,2V de tensão reversa por espira nesta bobina.
Daí para ter 120V de tensão reversa na bobina primária, precisaria de 100 espiras.
No nosso exemplo seria uma relação de espiras de 10/1.
Fontes Flybacks só retificam e mandam para a carga, a tensão reversa do trafo. Por isso é esta que tem que ser levada em conta, com exceção da bobina de realimentação, pois é a bobina que faz a realimentação positiva para iniciar a oscilação.

Seguindo este raciocínio...Um núcleo com 47 espiras no primário e 12 espiras no secundário, saída 14V, daria 54.8V de tensão reversa no primário. 


É preciso ter uma atenção especial no dimensionamento desta tensão reversa, pois ela surge quando o mosfet desliga, e seu valor em amplitude se soma à tensão retificada da rede no dreno do mosfet. Daí o mosfet tem que suportar a tensão retificada da rede (310 VDC) mais a tensão reversa, e mais um pico de ressonância que surge, devido a dispersão magnética do trafo. Estas três tensões (Da rede, do pico e da tensão reversa) se somam durante o funcionamento da fonte e dão um valor total de tensão que o mosfet tem que suportar.

4º Por isso calcule a tensão reversa do primário entre 50 a no máximo 90V. Não mais que isso, pois exigirá mosfets com tensão de trabalho muito elevada, difíceis de encontrar no mercado. 


Vejam abaixo:
Esta forma de onda foi tirada diretamente na bobina primária. Os pulsos inferiores é a tensão retificada e filtrada da rede que o mosfet chaveia na bobina primária. 
A ponteira do osciloscópio foi posta na bobina de forma que a tensão inversa ficasse do lado positivo, para podermos visualizar melhor.
Observem que a tensão inversa está em torno de 60V. Mas existe um pico de ressonância que atinge 156V.


O valor da tensão do pico de ressonância pode ser reduzido, com um bom Snubber (ou diodo TVS) e fazendo as bobinas do trafo intercalando camas entre primário e secundário: 
Metade do primário enrolados primeiro, Todo o secundário e bobina de realimentação enroladas no meio e o resto do primário enrolado por cima.
Isso diminui a indutância de dispersão magnética, fazendo as bobinas de saída aproveitarem melhor as linhas de campo magnética, o que faz escapar menos energia no primário. Consequentemente os picos de ressarcia diminuem.

O gap serve para evitar que o núcleo sature com facilidade, pois estes trafos de fonte flybacks, trabalham com corrente de magnetização bem elevada. Porém não deve abusar do gap, pois além da indutância ficar muito menor do que a esperada nas bobinas, a indutância de dispersão também aumenta, aumentando a amplitude do pico de ressonância. 

Outros detalhes é a freqüência:
É um pouco complicado para determiná-la, mesmo quando se segue os cálculos de engenharia 
Dependendo da indutância das bobinas, pode oscilar entre 30Khz a 200Khz. 
Quanto menor a indutância das bobinas, maior será a freqüência de oscilação.

E por último, este tipo de fonte não tem controle PWM. 
Vai sempre oscilar na potência máxima e interromper a oscilação quando o capacitor de saída da fonte atingir a tensão nominal. 
Daí a fonte oscila para repor a carga perdida e pára. Segue neste ritmo, oscilando e parando, enquanto a fonte estiver ligada.

Vejam o print de uma simulação:
As barras azuis são na verdade trens de pulsos. 
Cada barra azul é composta de vários pulsos, numa freqüência de 245Khz.

O gráfico verde é a tensão de saída da fonte. Mostra um ripple em razão da carga que está sendo alimentada.  
Vejam que no início da oscilação, quando a fonte é ligada, o mosfet oscila maciçamente até que o capacitor de saída atinge 12V. Pára e volta oscilar após o capacitor ter descarregado um pouco. Após o capacitor ter se carregado, pára novamente. e segue neste ritmo..... 
As vezes esta oscilação se dá na faixa audível. Por isso muitas vezes é necessário imobilizar as bobinas do trafo com resina, para evitar barulhos.


Vejam o vídeo de testes:








































terça-feira, 22 de abril de 2014

Transformador de pulsos, GDT, transformador gate driver

Seguem nos links abaixo, ótimas dicas para quem está querendo construir um transformador de pulso para acionamento de mosfets e IGBT. É um gate driver transformer:


Dica 1
https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnxlbGV0cm9udGVjY29tYnJ8Z3g6MmMzMTdhZGI4OWYwNDFmMw


Dica 2
https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnxlbGV0cm9udGVjY29tYnJ8Z3g6M2YyOGVjNzJiMzkzZDJjMw


Dica 3
http://omapalvelin.homedns.org/tesla/SSTC/general-sstc-notes-gatedrv.htm






Calcular a indutância do trafo driver. Método simples e fácil.

Primeiro vejam o que seria um bom trafo driver para fonte chaveada:
http://eletronicaedownloads.blogspot.com.br/2014/10/exemplo-de-um-transformador-driver-para.html

Vamos ao método:

Usem esta calculadora: http://powermagnetics.co.uk/calculator
Coloquem a indutância que vocês querem, o "AL" e dê enter.

Este modelo da thornton por exemplo: NEE-19/8/5-IP12R, o modelo sem Gap com código IP12R possui 1100 de fator de indutância, vejam: http://thornton.com.br/pdf/nee_19_8_5.pdf
Daí fica muito fácil. Colocando lá na calculadora, dá 60 espiras para 4mH

Vamos ver com este outro modelo: NEE-20/10/5-IP12R.
Este possui 1300 de fator de indutância.
Este precisará de apenas 55 espiras para far 4mH

Agora vejam um toroidal da magmattec. Este aqui é específico para transformadores drivers: http://www.magmattec.com/nucleosferrite.html.
Veja o menor que eles tem: MMT107T2510.
Este possui fator de indutância de 7100.
Para conseguir 4mH com ele, só vai precisar de 24 espiras.

Confiram:
http://powermagnetics.co.uk/calculator

Os enrolamentos bifilares em núcleos toroidais dão sempre o melhor resultado:

Podem usar esta tabela para os trafos drivers:
25kHZ = 6mH
30kHZ = 5,6mH
35kHZ = 5,2mH
40kHZ = 4,8mH
45kHZ = 4,4mH
50kHZ = 4mH
55kHZ = 3,6mH
60kHZ = 3,2mH
65kHZ = 2,8mH
70kHZ = 2,4mH
75kHZ = 2mH
80kHZ = 1,6mH

Um esquemas de exemplo, que foi levantado por engenharia reversa de uma fonte de solda da marca Smarter, modelo INARC-200U. 
Trata-se de uma fonte chaveada dual-forward com capacidade para fornecer 200A em 20V DC:





Forma de onda na entrada do trafo driver.
A fonte estava sem carga. Observem o Duty-Cycle praticamente no máximo. Sem carga essa fonte libera aproximadamente 54V na saída. Com carga máxima (4000W) a tensão cai para 20V em corrente de 200A. 
É uma fonte com recurso de limitar a corrente, própria para soldagem utilizando eletrodo revestido. 
Forma de onda nas bobinas de saída do trafo driver, bobinas de 0.556mH
Também com a fonte sem carga na saída. Observem novamente o Duty-Cycle praticamente no máximo. Como esta fonte tem o recurso de limitar a corrente de saída, com carga o duty-Cycle será sempre um pouco menor, dependendo da carga, claro. 


Forma de onda entre gate e Source de um dos IGBTs, com o equipamento trabalhando, fornecendo 11 amperes:
Neste teste a fonte estava ajustada para limitar a corrente de saída em 11A, a menor corrente que esta fonte pode fornecer. 
Forma de onda 


Observações finais sobre trafos drivers:

Primeiro você precisa ter em mente que deve eliminar as indutâncias parasitas o máximo que puder.
Você só vai poder eliminar as indutância parasitas o máximo que puder, fazendo enrolamentos trifilares. Este é um fato.

Deve ter e mente também, que usando indutância mínima possível, você também diminui bastante as indutâncias parasitas, mais ainda. Isso complementa os enrolamentos trifilares.
Mas aí precisa ficar atento para o núcleo não saturar.
Por isso é importante calcular seu trafo driver com a fórmula da saturação de núcleos: B= VRMS X 10^8 / 4 X F X N X Ae. O valor que der, vai ser em Gauss. Daí você dá uma olhada no datasheet do seu núcleo e vê até quantos gauss ele suporta sem saturar.

A fórmula da reatância também será útil, pois com ela você saberá quantos Ohms as bobinas do trafo terá na freqüência de trabalho.
Isso será importante calcular, para você saber o quanto de corrente seu trafo-driver drenará de corrente dos transistores excitadores. Isso evita que você queime transistor atoa e ainda saberá se a fonte auxiliar da sua fonte dará conta do driver.
Reatância (L) = 2 x Pi x Frequência (em Hertz) x indutância (em Henrys).
Exemplo para um indutor 5 Henry em 1 KHz, R = 2 X (3,1416) X 1000 X 5 = 31416 Ohms.


Detalhe:
Quantos menos indutância o trafo driver tiver, mais rápido ele fica (Rise time / Fall time), porem maior será a corrente.
Não se esqueça de calcular a saturação.

Bons projetos!